Substâncias e Suas Transformações


Substâncias e suas transformações
O segredo dos cremes
Objetivos
Compreender o mecanismo de ação das espumas e emulsões usadas na cosmetologia

Introdução
Falar em cosméticos remete inevitavelmente a certas dúvidas: O que faz com que a pele absorva melhor alguns produtos e não outros? Que fatores tornam um creme mais adequado para climas quentes ou frios. Estimule a turma a examinar o funcionamento das dispersões coloidais para compreender as diferenças químicas entre os produtos destacados por VEJA.


Atividades
1ª aula . Após a leitura da reportagem, retome com os estudantes o conceito de colóide. Assinale que há dois tipos de dispersão coloidal morfologicamente distintos usados na indústria de cosméticos. De um lado, as espumas (caso das musses) formadas por ar em uma solução aquosa e, de outro, as emulsões de água em óleo ou óleo em água, características dos cremes.
 Essas dispersões são constituídas por misturas de substâncias apolares (ar ou óleo) com a água (que é polar) e são termodinamicamente instáveis, isto é, não se formam quando os líquidos entram em contato, mas à custa de energia (agitação, vibração mecânica ou calor).

Comente que em termos físico-químicos, a mistura pode ser classificada de acordo com o tamanho das partículas que a compõem. Até 1 nanômetro de diâmetro, constituem soluções simples. Entre esse valor e 1.000 nanômetros, são consideradas soluções coloidais e, acima disso, são chamadas suspensões.

As emulsões, que são soluções coloidais, formam sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis (oleosa e aquosa). Realce que, nesse caso, não se usam os termos soluto e solvente empregados para as soluções, e sim fase interna, para aquele que se encontra em menor quantidade, e fase externa, para o componente mais abundante. A olho nu, a emulsão apresenta-se como uma mistura homogênea. Na verdade, ela é constituída por micelas envoltas pelo dispersante. Distribua o quadro “A Dança das Fases” (abaixo) para exemplificar. 
As propriedades do sistema água/óleo são drasticamente modificadas após a adição do emulsionante. Convém assinalar alguns sinônimos: emulsificantes, surfactantes e agentes tensoativos. Todos esses termos indicam substâncias anfipáticas, ou seja, que se combinam por atração intermolecular, de um lado com a fase apolar e de outro com a fase polar. As emulsões são sempre bases hidratantes. Podem ser pastosas ou líquidas, como as loções, destinadas ao uso externo ou interno. Em cremes produzidos com emulsões do tipo óleo em água, a hidratação da pele se dá pela ação de agentes como a uréia e a glicerina, que se associam às proteínas da epiderme, hidratando-as. Em geral, são assim os cosméticos para populações tropicais. Já as emulsões de água em óleo são mais comuns em cremes europeus, que evitam o ressecamento da pele pelo frio. A transpiração retida pela camada de óleo ajuda na hidratação da pele.
Consultoria Cláudia Bortolato
Mestre em Físico-Química pela Unicamp

1 comentários:

Yolanda Hollaender disse...

Retribuindo a visita, Eliane, deparei com uma ótima aula sobre as substâncias dos cremes.
Houve época que só os importados eram eficazes, mas não se levava em conta o clima.
Hoje a diversidade de cosméticos é tão grande que fica difícil escolher.
Meu afetuoso abraço,
Yolanda

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