O ser humano sempre viveu em meio a injustiças, violências, miséria.Estes não são “privilégios”dos nossos dias. E o que faz as pessoas suportarem viver assim? O que torna a vida tão bonita, tão desejada apesar disso tudo? Não há a menor dúvida: é o amor... pela lente do amor as pessoas enxergam um mundo mais florido, repleto de possibilidades de dar certo. O amor é plenitude, é êxtase. Quando uma pessoa está amando ela se torna mais gentil, alegre, adquire um ar sonhador e vive rindo à toa. O problema é que se o amor não for bem administrado, ele pode levar a pessoa a atitudes “quase” ridículas. É justamente isso que tem feito muita gente resistir aos seus encantos. Há até os que o desprezam totalmente (provavelmente por medo de seexpor). Acham tudo muito embaraçoso e indesejável.
Afinal, uma pessoa que se dá o respeito não pode viver pelos cantos suspirando por alguém que a faz gaguejar e enrubescer quando está por perto. Isso sem contar os outros sintomas: mãos suando, coração “palpitando”, respiração pesada, olhar perdido (tipo “peixe morto”).
Muito constrangedor!... E se você é uma dessas pessoas certamente deve estar estranhando que um tema como esse seja abordado em uma aula de Química. Afinal o amor não tem nada a ver com Química, certo? Errado! O AMOR É QUÍMICA! (Aqui caberia dizer: e vice-versa!).
Todos os sintomas descritos acima são causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. Entre essas substâncias estão a feniletilamina, a epinefrina (adrenalina), a norepinefrina (noradrenalina), a dopamina, a oxitocina, a serotonina e as endorfinas (grupo de peptídios cerebrais que agem como hormônios, são fabricados pelo próprio corpo e se assemelham à morfina).
A ação de algumas delas é muito semelhante à ação dos narcóticos, o que explica de certa forma a oscilação entre sentimentos contraditórios como euforia e depressão,característica comum a drogados e apaixonados. A ciência não sabe explicar o que desencadeia o processo químico da paixão, isto é porque a Maria se
apaixonou pelo José se o João era mais bonito e tinha um salário melhor? O fato é que quando a Maria encontrou o José seu corpo imediatamente começou a produzir feniletilamina (PREA) dando início ao delírio da paixão.
Como acontece com toda anfetamina, porém com o passar do tempo o organismo vai se acostumando e adquirindo resistência. Passa a necessitar de doses cada vez maiores para provocar o mesmo frenesi do início. Após três ou quatro anos o delírio que Maria sentia já se esvanesceu por completo. Neste estágio os amantes podem se separar.
Se suportarem a falta de emoções intensas e decidirem continuar juntos, o cérebro passará a aumentar gradualmente a produção de endorfinas. As endorfinas atuam como calmante,
são analgésicos naturais e proporcionam sentimentos de segurança, paz e tranqüilidade. Quem diria hem?
A diferença entre uma paixão torrencial e um amor maduro é simplesmente uma questão de liberar a substância
certa! A oxitocina também desempenha um papel importante em nossa vida amorosa. Trata-se de um hormônio produzido na hipófise (uma glândula situada no cérebro) cujas funções principais são: sensibilizar os nervos e simular contrações musculares (a secreção de oxitocina é o que leva ao clímax no ato sexual). Além
disso, esse hormônio estimula as contrações uterinas da mulher durante o parto, leva à liberação de leite e parece que induz as mães a acariciarem e cheirarem seus bebês. Não é um amor?
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe seus comentário ou faça alguma sugestão nesse blog.