Como a unha é constituída de moléculas de α-queratina (da mesma forma que os fios do cabelo), surgiu a ideia de utilizar o produto nos cabelos para fixá-los numa determinada conformação. Só que, para atuar como alisante é necessário utilizar solução de formol a 37% (uma concentração pelo menos sete vezes maior que a permitida para “endurecer” as unhas).
Como alisante, o formol age destruindo as moléculas que dão forma ao fio e por isso é utilizado com altas concentrações de queratina para criar uma capa que encobre os estragos internos. O efeito é semelhante ao da calda vermelha da maçã do amor: por fora, tudo fica lindo, liso e cheio de brilho, mas basta uma leve pressão para que a cobertura rígida comece a rachar e quebrar.
Outra consequência desse enrijecimento dos fios é o excesso de oleosidade na raiz, já que a produção sebácea natural do couro cabeludo não consegue deslizar pelos cabelos.
Bibliografia: Coleção Química, Vol. 3, editora FTD, por Martha Reis.
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