Cientistas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) estão pesquisando maneiras de usar enzimas do sistema digestivo de baratas para ajudar na obtenção do etanol.
Isso é viável porque elas possuem a habilidade de “moldar” sua digestão quando trocam de alimentação, produzindo séries de novas enzimas para quebrar o novo alimento, o que ajudaria na degradação do bagaço de cana para obter açucares, usados para produzir etanol, processo hoje realizado com a ação de fungos conhecidos como Leveduras.
O grupo de pesquisadores também estuda cupins para os mesmos fins, porém as baratas são mais fáceis de criar em laboratório graças à facilidade de adaptação do inseto.
Dois tipos de baratas estão sendo pesquisados: a Periplaneta americana, barata comum encontrada em esgotos e casas e a Nauphoeta cinérea, barata da América Central que já é encontrada em vários cantos do mundo.
Os pesquisadores, por enquanto, se encontram nas etapas de adaptar as baratas para ingerir o bagaço e de identificar as enzimas especializadas no sistema digestivo das mesmas, sendo que algumas já foram adquiridas.
Após essas etapas, o próximo passo será estudar como retirar partes do DNA dos insetos que definem a produção destas substâncias, para inseri-los em bactérias por manipulação genética e então, os micróbios “transgênicos”, poderão produzir enzimas para degradar a biomassa da cana em escala industrial.
O etanol ainda não foi obtido, porém não é uma coisa distante. A principal contribuição dessa descoberta será a diminuição da necessidade de se plantar cana-de-açúcar.
Fonte:quimica.com.br
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