Carvão Mineral


CARVÃO MINERAL
Dos diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob aforma fossilizada, acredita-se o carvão mineral, o mais abundante.
DESCOBERTA DO CARVÃO DE PEDRA

A primeira descoberta do carvão mineral, provavelmente ocorreu na idade da pedra
lascada.

Alguém um “homo sappiens” tentou queimar arbustos, folhas secas, e para proteger
o fogo, cercou de pedras pretas, que se achavam soltas no chão da caverna.
Durante a queima dos arbustos, as pequenas pedras pretas mais próximas do fogo,
começaram a derreter, soltando fumaça esbranquiçada e depois rolos de fumos
marrons alaranjados.
Em poucos minutos, começaram as longas labaredas, desprendendo muito calor,
mais forte do que o dos arbustos e por período bastante prolongado.
Para surpresa do “homem”, após tanta chama desprendida da pedra, ela própria
começou a se tornar incandescente, sem pegar fogo, porem desprendida mais calor
do que os arbustos, e por muito mais tempo. Pode ser uma fantasia, dedução ou
ficção, porem bem que pode ter acontecido desse modo.

O QUE É CARVÃO MINERAL?

Quase sempre em um pedaço de carvão achado ao acaso, podem descobrir-se
vestígios de uma formação celulósica da madeira. É quando observamos esse fato,
que comprovamos sua origem e podemos imaginar a incrível história da formação
do carvão mineral.
No Brasil, essa história se inicia há cerca de 230 milhões de anos, na época em que a
crosta da terra ainda estava convulsionada por terremotos, vulcões, furacões,
vendavais e maremotos, que provocaram lentos ou violentos cisalhamentos e que
fizeram nossas montanhas e nossos limites costeiros, separados dos da África, pelo
Oceano Atlântico.
Naquelas épocas geológicas, arvores gigantes e toda sorte de vegetação, crescia,
formando grandes e espessas florestas, favorecidas pela atmosfera muito rica em
CO2, permitindo a intensificação da função clorofiliana e o crescimento dos vegetais
de forma extraordinária em um clima particularmente quente e úmido.
O carvão é então a parte celulósica da vegetação, transformada pelo tempo, pressão,
bactérias e outros agentes anaeróbicos, em uma massa carbonosa. É fácil imaginar as
centenas de carvões que foram assim formadas. Sucessivas formações de florestas e
sucessivos afundamentos podem Ter ocorrido ao longo de milhares de anos emuma
mesma região, e então, camadas e camadas de carvões diferentes serão encontradas.
A matéria vegetal flutuante, pode ainda Ter sido transportada pelos rios e
acumuladas no fundo dos lagos ou pântanos mais, ou menos isolados, e, assim,
bactérias carboníferas limitadas serão encontradas separadas umas das outras, a
profundidades diferentes.
Em outra parte do mesmo território, a fermentação bacteriana encontrou as
condições ideais de desenvolvimento em uma floresta soterrada a pouca
profundidade, e então, serão encontrados carvões altamente carbonizados, aflorando
a céu aberto.
Em outras palavras: o processo químico de carbonização reduz-se a uma maceração
dos vegetais sob a água das selvas pantanosas, seguida de uma fermentação
anaeróbica em meio hídrico, dos hidratos de carbono, do qual são formados
hidrogênio, metano e anidrido carbônico.
Estas substâncias são gasosas e, com a compressão, escapam através dos estratos
que soterram os vegetais, enriquecendo a massa carbonosa em carbono sólido,restando pouca matéria volátil. A pureza do carvão em relação a matérias estranhas,
depende muito de como a massa original foi composta, misturada, transformada,
transportada e depositada.
O processo de fermentação anaeróbica chega a um ponto em que é detido pela
formação de ácidos, que são dejetos das bactérias anaeróbicas e que criam um meio
anti-séptico. O grau de carbonização portanto, não depende da idade de
soterramento dos vegetais e sim do tempo de aparecimento dessa fase anti-séptica
inibidora do processo de enriquecimento de carbono, da massa carbonosa.

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe seus comentário ou faça alguma sugestão nesse blog.

Página Anterior Próxima Página Home

Tabela Periódica